"(...) Débora não é cineasta. Ela tornou-se a partir deste trabalho. Ela é doutora em antropologia, mas isto tem bastante a ver com o processo que ela escolheu para captação de suas imagens e desenvolvimento do seus trabalho. Ora, A Casa dos Mortos trabalha com a ideia do olhar livre de amarras que delimitariam o dispositivo. Ele se faz arte a partir do momento em que estes presos de um manicômio judiciário deixam de ser “objetos de estudo” e são gente – o necessário para a documentação cinematográfica e para o trabalho investigativo de um antropólogo.
O olhar, portanto, talvez seja o fator crucial para a grandeza do filme. Débora busca que seu caminhar pelo manicômio judiciário de Salvador seja a partir da perspectiva de Buba, um poeta que pontua o filme com sua narrativa. Ele não surge, a não ser no final, assim como um diretor em seu filme, cujo nome sempre surge nos créditos. Os outros, assim como ele, deixam de ser invisíveis não por aparecerem em imagem, mas porque, a partir do interesse de Débora, tem a chance de ser algo além das delimitações que damos a eles por estarem ali, num manicõmio."
Ricardo Oliveira (texto extraido do Blog Diversitá).
Link do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=FLuZVLojKJw&feature=related
O olhar, portanto, talvez seja o fator crucial para a grandeza do filme. Débora busca que seu caminhar pelo manicômio judiciário de Salvador seja a partir da perspectiva de Buba, um poeta que pontua o filme com sua narrativa. Ele não surge, a não ser no final, assim como um diretor em seu filme, cujo nome sempre surge nos créditos. Os outros, assim como ele, deixam de ser invisíveis não por aparecerem em imagem, mas porque, a partir do interesse de Débora, tem a chance de ser algo além das delimitações que damos a eles por estarem ali, num manicõmio."
Ricardo Oliveira (texto extraido do Blog Diversitá).
Link do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=FLuZVLojKJw&feature=related

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